Os livros apócrifos são livros que foram rejeitados pelos protestantes, e que foram aceitos oficialmente em 1546 pela Igreja Católica Romana como sendo inspirados. Esses livros são: Tobias, Judite, 1 e 2 Macabeus, Eclesiástico, Baruque e Sabedoria de Salomão. Além destes sete livros não fazerem parte do cânon bíblico original, eles só foram considerados como inspirados pela Igreja Católica no Concílio de Trento, em 8 de abril de 1546, sendo chamados deuterocanônicos (ou canônicos de segunda época). A Igreja Católica oficializou-os, objetivando deter o movimento de Reforma Protestante. Nessa época os protestantes combatiam as doutrinas romanistas do purgatório, salvação pelas obras, oração pelos mortos, etc. Os romanistas viam nos apócrifos, a base para tais doutrinas, e apelaram para eles, aprovando-os como canônicos. A primeira edição da Bíblia Católico-Romana com os apócrifos deu-se em 1592, com a autorização do Papa Clemente VIII.
Jesus e os apóstolos só usaram os 39 livros originais, pois, nenhuma só vez eles citaram os sete livros apócrifos.
Os judeus, aos quais Deus confiou no passado a guarda das Escrituras e Seus oráculos (Romanos 3:2), só aceitam como inspirados o canôn hebraico de 39 livros. Eles rejeitam os sete livros tidos como deuterocanônicos.
Alguns erros nos livros apócrifos:
Tobias 6:4-8, diz: “O anjo disse-lhe: Pega-o pelas guelras e puxa-o para ti. Tobias assim o fez. Arrastou o peixe para a terra, o qual se pôs a saltar aos seus pés. O anjo então disse-lhe: Abre-o, e guarda o coração, o fel e o fígado, que servirão para remédios muito eficazes. Ele assim o fez. A seguir ele assou uma parte da carne do peixe, que levaram consigo pelo caminho. Salgaram o resto, para que lhes bastasse até chegarem a Ragés, na Média. Entretanto, Tobias interrogou o anjo: Azarias, meu irmão, peço-te que me digas qual é a virtude curativa dessas partes do peixe que me mandaste guardar. O anjo respondeu-lhe: Se puseres um pedaço do coração sobre brasas, a sua fumaça expulsará toda espécie de mau espírito, tanto do homem como da mulher, e impedirá que ele volte de novo a eles.“
Esta passagem do Livro de Tobias ensina que a fumaça vinda de um coração de peixe sendo queimado, expulsa espíritos malignos. Que absurdo. O único meio de expulsarmos espíritos malignos é por meio do poderoso nome de Jesus, pois, em Marcos 16:17-18 está escrito: E estes sinais acompanharão aos que crerem: EM MEU NOME EXPULSARÃO DEMÔNIOS, falarão novas línguas, pegarão em serpentes; e se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e estes serão curados”. Este tipo de ensino supersticioso do Livro de Tobias não tem lugar na Palavra de Deus.
Outros ensinos absurdos do Livro de Tobias:
Tobias 4:11: “Porque a esmola livra do pecado e da morte, e preserva a alma de cair nas trevas.“
Tobias 12:9: “Porque a esmola livra da morte: ela apaga os pecados e faz encontrar a misericórdia e a vida eterna“
Que absurdo. Desde quando a esmola livra da morte e dá vida eterna? Quem dá vida eterna é o Senhor Jesus e ninguém mais.
Em João 5:24 está escrito: “Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não entra em juízo, mas já passou da morte para a vida”.
Em 1 João 5: 11-12 está escrito: “E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida ESTÁ EM SEU FILHO. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida”.
Outra coisa: Desde quando a esmola apaga os pecados? A Bíblia diz que a única coisa capaz de nos purificar de nossos pecados é o sangue de Jesus, pois, em 1 João 1:7 está escrito: “Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, E O SANGUE DE JESUS SEU FILHO NOS PURIFICA DE TODO PECADO”.
Este ensino do Livro de Tobias, de que a salvação e purificação dos pecados são por meio de boas obras (esmolas), é uma doutrina espírita, pois, os espíritas dizem que: “Fora da caridade não há salvação”. Além de todos os absurdos teológicos, o Livro de Tobias ainda dá suporte a uma doutrina espírita. Isto sim é um grande absurdo.
Em Eclesiástico 12:4-6 diz que se deve negar pão aos ímpios, senão vejamos:
“Dá ao homem bom, não ampares o pecador, pois Deus dará ao mau e ao pecador o que merecem; ele os guarda para o dia em que os castigará. Dá àquele que é bom, e não auxilies o pecador. Faze o bem ao homem humilde, e nada dês ao ímpio; impede que se lhe dê pão, para não suceder que ele se torne mais poderoso do que tu”.
Que atitude anticristã é esta? Este conselho de Eclesiástico 12:4-6 está totalmente contra o que disse Jesus, no Sermão do Monte.
Em Mateus 5:42 está escrito: “Dá a quem te pedir, e não voltes as costas ao que quiser que lhe emprestes”.
Também em Mateus 5:44 está escrito; “Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem”.
Olhem agora, o absurdo da passagem de Judite 8:4-8:
Judite ficara viúva havia três anos e meio. Ela tinha feito no andar superior de sua casa um quarto reservado para si, no qual se conservava retirada com suas criadas. Trazia um cilício sobre os rins e jejuava todos os dias, exceto nos sábados, nas luas novas e nas festas do povo israelita. Era extremamente bela, e seu marido tinha-lhe deixado grandes riquezas, numerosos criados e domínios cheios de rebanhos de bois e de ovelhas. Era muito estimada por todos porque tinha grande temor a Deus; não havia ninguém que falasse mal a seu respeito.
Que exagero é este?
Judite jejuava todos os dias? Nem mesmo Jesus, Filho de Deus, jejuou todos os dias, enquanto esteve aqui na Terra. Este excesso é mais uma prova de que os livros apócrifos, realmente, não são inspirados por Deus.
Em 2 Macabeus 14:41-46 o suicídio é louvado e justificado, senão vejamos:
Como essa tropa foi apoderar-se da torre e forçar a entrada, uma vez que havia sido dada a ordem de atear fogo e incendiar as portas, Razis, quando ia ser preso, transpassou-se com a própria espada,preferindo morrer nobremente antes que cair nas mãos dos ímpios e padecer ultrajes indignos de seu nascimento. Na precipitação, porém, dirigiu mal o golpe e, enquanto os soldados forçavam do lado de fora contra as portas, ele correu animosamente para cima do muro e, com coragem, precipitou-se de modo a cair sobre eles; estes afastaram-se com rapidez, e Razis esmagou-se no espaço deixado vazio. Todavia, ainda respirando, cheio de ardor, ergueu-se e, embora o sangue lhe jorrasse como uma fonte de suas horríveis feridas, atravessou a multidão numa carreira; em seguida, de pé sobre uma rocha escarpada e já inteiramente exangue, arrancou com as próprias mãos as entranhas que saíam, e lançou-as sobre os inimigos. Foi assim seu fim, pedindo ao Senhor da vida e do sopro que lhos restituísse um dia.
Que absurdo é este? Desde quando é preferível o suicídio? Isto não existe. O suicídio é um pecado que leva a condenação eterna, pois, constitui um assassinato, um homicídio contra a própria vida. Em
Apocalipse 22:15 está escrito: “Ficarão de fora os cães, os feiticeiros, os adúlteros, OS HOMICIDAS, os idólatras, e todo o que ama e pratica a mentira”.
Como pudemos ver acima, há várias distorções teológicas nos livros apócrifos da Bíblia Católica. Há vários outros erros, mas por uma questão de espaço, eu irei parar por aqui. Finalizando, eu gostaria de dizer o seguinte: não há como afirmar que os livros apócrifos sejam inspirados por Deus, pois, admitir que tais livros sejam inspirados, significa dizer que o Espírito Santo é autor de erros e contradições e o Espírito Santo nunca erra, não é mesmo? Espero que tenham gostado deste breve estudo e até a próxima oportunidade, se Deus assim quiser.
Fontes utilizadas:
1.Bíblia Católica. Disponível em: http://www.bibliacatolica.com.br/ Acesso em: 10 de junho de 2012, 15h10.
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