Jogos de Azar


O referido assunto não pode ser tratado com superficialidade, limitando apenas ao ponto se o(a) cristão deve ou não envolver-se com tal prática. A temática exige um tratamento mais detalhado, profundo e, sobretudo, é necessário buscar base na Palavra de Deus, pois desta vem toda luz e orientação prática para nossa vida.
Aos que são nascidos de novo a bíblia orienta acerca da necessidade de trilhar o caminho da santificação, despindo de tudo que é próprio da velha natureza. Em Colossenses 3:5-7 o Apóstolo Paulo, escreve: “Fazei, pois, morrer, a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria; por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Ora, nessas mesmas coisas andastes vós também, noutro tempo, quando vivíeis nela”.
Nesse sentido é importante tratar do assunto, “jogos de azar”, na perspectiva da santificação.
A santificação envolve tanto o aspecto pessoal como social.

a- Aspecto pessoal - Está relacionado com o exercício, com o qual todo cristão e cristã precisam se envolver para que, sob a direção e ação do Espírito Santo, sejam livres dos embaraços que o pecado trouxe á nossa vida, antes da conversão a Cristo. Em Colossenses 3:5, entre outras coisas que devem ser removidas, está a avareza- apego ao dinheiro é o mesmo que cobiça. Essas são como duas irmãs gêmeas. Cobiça e avareza são comportamentos próprios de pessoas descontentes, insatisfeitas, e o jogo de azar é “alimento” para esse situação. Ao cristão e á cristã o Espírito Santo ensina “a que vivam contentes em qualquer situação”. (Filipenses 4:10-13).
b- Santidade social - O jogo de azar, mesmo o legalizado, está atrelado a um esquema de injustiça que alimenta expectativas de um ganho fácil que leva as pessoas para dentro de um estado psicológico de que a sua vez pode chegar, e inconsciente ou não ela passa a alimentar um esquema maligno de exploração e injusto. È um mal social, com o qual o cristão não pode se conformar.
Em Romanos 12:2 a orientação é clara: “não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação de vossa mente”...Dizer não, com o devido discernimento espiritual, ao “jogo de azar”, é uma forma de tomar posição, em nome de Deus, contra esse mal que cresce, assustadoramente.
Há quem diga que muitos projetos sociais são mantidos pelo dinheiro das loterias e outros jogos mais. Nada disso abranda a manipulação e o engano que existem atrás do referido sistema. Deus condena, por sua Palavra, a cobiça tanto pessoal como a do estado (Isaías3:14; Amós 4:1-2; Zacarias 7:8-10. Os cobiçosos com sua ganância pelo dinheiro, são vulneráveis ao esquema de enriquecimento rápido. Deus valoriza o trabalho. È dever do Estado criar condições de trabalho para o povo.

O(a) cristão que se dá á prática do jogo de azar não está preocupado em caminhar sob a liderança e orientação do Espírito Santo. O(a) cristão precisa buscar conhecer o projeto de Deus para sua vida, andar em santidade e depender somente do Senhor.
Deus abençoa o trabalho e não a cobiça (Salmo 128). Portanto, o(a) cristão(ã) deve trabalhar confiado que do Senhor vem a provisão (Salmo 112:9-10). A benção de Deus é enriquecedora e não acrescenta dores (Provérbios10:22). O que vem pelo trabalho honesto é abençoado e não traz desgraças.
Jogo de azar e as conseqüências espirituais.
Não tenhamos dúvidas, envolver com o jogo de azar tem conseqüências sérias.
a) Não confiança em Deus, no Deus provedor. Isso gera idolatria. b) Vicio. De qualquer sorte, o vício é um laço que amarra a vida, e assim a pessoa não vive a verdadeira liberdade. c) È uma forma de dar lugar á carne, e isso entristece ao Espírito Santo que em nós habita. d) Escandaliza e coloca em dúvida o testemunho cristão (Mateus 18:6-9; I Coríntios 9:19-23).



Os que arriscam a sorte

A palavra sorte não significa apenas bom resultado, mas também anseio pela ajuda de divindades que possam oferecer a vitória tão desejada. Os termos jogatina e aposta são, às vezes, usados com respeito às atividades que envolvem risco ou esperança de lucro. Geralmente, se definem como a maneira de arriscar, voluntariamente, uma grande soma de dinheiro por meio de aposta, parada ou lance em um jogo ou em qualquer outro tipo de atividade que envolva sorte.

Um ditado popular muito usado por pessoas dadas aos jogos de azar é: quem não arrisca, não petisca. Com isso, justificam suas fezinhas em varias modalidades de jogos, como por exemplo, o popular jogo do bicho, o bingo a Tele Sena e a loteria esportiva. Ultimamente, a sorte está sendo lançada, com mais freqüência, na mega sena. Quando é anunciado pelos meios e comunicação que a sena está acumulada por alta de ganhadores, os brasileiros formam filas intermináveis nas casas lotéricas a fim de tentar a sorte e ganhar a bolada. Nessa tentativa, as pessoas gastam o que podem e o que não podem. Muitos começaram a jogar na Sena nessas ocasiões de importâncias acumuladas e hoje o jogo já se tornou um vicio. Aquilo que começou como uma brincadeira já se tornou parte na vida da pessoa que não consegue passar uma semana sem fazer sua aposta. A sena oferece a oportunidade de enriquecer rapidamente, e muitos sonham com o que fariam com o dinheiro caso botasse a mão na bolada que o jogo oferece. Dizem de si para si: Alguém tem de ganhar e esse alguém pode ser eu. Já imaginou o que eu faria com os milhões de Reais na mão?

Os fins justificam os meios?

Certos lideres políticos justificam os jogos de azar com a alegação de que muitas obras sociais são realizadas com o dinheiro arrecadado dos jogos. Entretanto, deve-se notar que os governos, ao promoverem as loterias, apelam para uma das qualidades humanas mais baixas: a ganância. Na verdade, estão contribuindo para a corrupção, e não para a melhora da vida humana. Não se pode ignorar que a maioria dos apostadores é composta por pessoas pobres, que, na ânsia de ganhar, arriscam o leite e o pão de seus filhos. Com isso, prejudicam os que lhes são caros. Alem disso, a ganância que envolve a jogatina é uma das causas primaria de grande parte dos crimes e da violência que estão associados com serias operações.

O que diz a Bíblia?

Embora reconheçamos que a Bíblia não dá nenhuma base para qualquer regra rígida contra cada tipo de aposta, ela nos ajuda a ver que a jogatina é um serio mal que resulta no asfaltamento do homem de Deus. Vejamos os ensinos que extraímos das Escrituras sobre os jogos de azar:

- A bíblia não trata claramente a respeito desse assunto. O único caso que pode ser classificado como jogatina ocorreu quando os soldados romanos lançaram sortes para decidir quem ficaria com a túnica de Jesus. Depôs de o crucificarem, repartiram entre si as suas vestes, tirando a sorte (Mt 27.35).
- Alguns interpretes da Bíblia apontam Is 65.11-12 como prova de que ela condena especificamente os jogos de azar. Deve-se ter presente, entretanto, que o texto refere-se à deusa Fortuna, a quem os apostadores caldeus recorriam em busca de ajuda. Quando qualquer israelita buscasse a ajuda dessa deusa, estava, na verdade, praticando um ato abominável diante de Deus ao preparar um banquete para o citado ídolo. Deram culto a seus ídolos, os quais se lhes converteram em laço, pois imolaram seus filhos e sua filhas aos demônios (Sl 106.36-37).
- A jogatina, amiúde, induz a preguiça. Incentiva as pessoas a conseguirem algo sem troca de nada, alem de levá-las a mentir e/ou a defraudar, a fim de obterem o que desejam sem trabalhar. A Bíblia incentiva o homem a ganhar o seu próprio pão com o suor do seu rosto. É justamente isso que Deus ordena em Gênesis 3.19: No suor do teu rosto comeras o teu pão... Paulo recomendou: Se alguém não quiser trabalhar, não coma também. Porquanto ouvimos que alguns entre vos andam desordenadamente, não trabalhando, antes fazendo coisas vãs (2 Ts 3.10-11). Contestando essa atitude, Salomão aconselhou: Viste um homem diligente na sua obra? Perante reis será posto; não será posto perante os de baixa sorte (Pv 22.29).
- Encontramos na Bíblia advertências contra o amor ao dinheiro. Ainda o sábio Salomão aconselhando a respeito desse apego inútil, afirmou: O que amar o dinheiro nunca se fartara de dinheiro; e que amar a abundancia nunca se fartara da renda: também isso é vaidade. Doce é o sono do trabalhador, quer coma pouco quer muito; mas a fartura do rico não o deixa dormir (Ec 5.10-12). E o apostolo Paulo, por sua vez, declara em 1Tm 6.10: Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.

Causa do tropeço

Sendo Deus o Criador do mundo e de todo o ser criado como afirma a Bíblia: Os céus proclamam a gloria de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos (Sl 19.1), devem os cristãos admitir sua condição de apenas administradores dos bens mais importantes que os Senhor lhes concedeu: vida e saúde para conseguir, por meios lícitos (ou seja, o trabalho honesto), os bens materiais de que tanto precisam. São responsáveis diante de Deus pelo uso do dinheiro e devem constantemente lembrar-se da admoestação que o próprio Deus nos faz: Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o vosso suor naquilo que não pode satisfazer? (Is 55.2).

Os cristãos devem ter isso em mente sempre que forem tentados a fazer uma fezinha nos jogos de azar. Os maus frutos da jogatina são tão notórios que, em muitos lugares, os praticantes do jogo do bicho são tidos como maus elementos e encarados com desdém.

Não é a toa que o cristão deve evitar o vicio dos jogos de azar: Não vos torneis causa de tropeço nem para judeus, nem para gentios, nem tampouco par a igreja de Deus (1Co 10.32).





Meu irmão(ã), seja você jovem ou não, caso você esteja envolvido com essa prática, Deus pode libertar sua vida. Entregue-se totalmente a Ele e busque santidade. Confie no Senhor, Ele é suficiente e quer te abençoar com todas as sortes de benção em Cristo Jesus.
Com oração, carinho e misericórdia.

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